quinta-feira, 25 de setembro de 2014

USO DO COLAR CERVICAL EM ABAULAMENTOS DISCAIS


M.D.F.B, 48a, sexo feminino, com dor no ombro direito há 8 anos.  Tempo de diagnóstico médico de fibromialgia aproximado em 03 anos. Na Ressonância Magnética apresentou “abaulamento discal” em vértebras cervicais.

Após avaliação, foi oferecido à paciente um tratamento com 27 sessões.  Paciente evoluiu muito bem durante o tratamento da fibromialgia, porém, a dor no ombro e escápula direita apenas diminuíam de intensidade mas continuavam persistentes. Tivemos a certeza então, que a dor do ombro não correspondia à fibromialgia mas sim consequência do abaulamento (que nada mais é que o início de uma protrusão de disco). Nestes casos, o Leme Instituto indica o uso do colar cervical para que seja  feita uma tração na coluna e alívio dos sintomas. Como não indicamos atividades físicas concomitantes ao procedimento, ao chegar nos 60% das sessões concluídas, ao invés de liberar a paciente para atividade física, orientei o uso do colar cervical. Paciente usou o colar por aproximadamente 30 dias (um pouco mais) ininterruptamente como é devidamente orientado. Após os 30 dias, trocou o colar por outro acolchoado que apenas limitou os movimentos, sem fazer a tração. Após o décimo dia de uso do colar para tração, paciente já tinha ausência de dor no ombro e escápula. Hoje, após mais de 01 ano do procedimento concluído segue a declaração da paciente: “Ei Cris. Estou muito bem graças a você...o colar cervical foi realmente o diferencial para a dor no ombro...mas você deve avisar a quem for usar que não tirei nem meio minuto sequer...só tirava para lavar o cabelo (sem me mexer) e assim mesmo reduzi as lavagens para não tirá-lo. A primeira semana é a pior...sonhei até que estava sendo enforcada e tive que tomar remédio para relaxar numa posição menos desconfortável para dormir, mas tudo isso valeu a pena pois não estava aguentando sentir as dores no ombro e sem movimento no braço. Depois do colar duro passei para outro menor. Bem, se valeu a pena...pra mim valeu demais...não sinto mais nada...não suporto dor.... Estou livre delas e já tive até duas propostas de duas clientes pra comprar meu colar cervical...”. Hoje a paciente voltou  montar à cavalo e fazer provas de rédeas, que sempre foi sua paixão. 

É importante que todos os pacientes saibam que os “abaulamentos discais” só não são significantes quando o paciente não apresenta sintomas!
Qualquer dúvida escrevam,
Abraço a todos,